build your own site

Cultura Alternativa Diálogos, Anand Rao e Milton Rezende, literatura sempre.

POSTED ON OUTUBRO 17, 2018 BY CULTURA ALTERNATIVA

Meu nome é Anand Rao, tenho 50 cds lançados onde as músicas são adquiridas por streaming, 20 livros publicados e sou editor do Cultura Alternativa. E você Milton, fale um pouco sobre suas atividades, lembrando sempre que na internet ninguém lê matérias e entrevistas longas. É um prazer te entrevistar via messenger do Facebook.

Sou Milton Rezende, poeta e escritor mineiro com onze livros publicados e um no prelo, a sair ainda este ano. Meu trabalho pode ser conferido no site www.miltoncarlosrezende.com.br

Sobre política, não falo em quem voto, não publico nada no meu Facebook sobre a questão, tudo é secreto para mim, mas, leio diariamente sobre a questão. E você?

Acompanho de longe, como alguém que já não acredita e não posto nada neste sentido nas redes sociais, mas o voto existe e temos que optar.

Sou um apaixonado pela internet, redes sociais, Instagram, twitter, sei tudo de internet. Nosso Portal de Notícias, Cultura Alternativa (https://www.culturaalternativa.com.br/) é número 01 frente a mais de 100 milhões de resultados no Google. Somos totalmente antenados com a internet. E você?

Na medida do possível tento me manter antenado com a internet, para uso próprio, mas nós, que somos nascidos na década de 1960, parece que não damos conta de compreender e acompanhar todo o mundo cibernético.

A literatura hoje, principalmente, a poesia está em fase de renascimento. Nos últimos anos sentimos que vários saraus têm surgidos. Mas, notamos também que antigamente tínhamos mais editoras independentes alternativas. Hoje, há o e-book, tecnologia que ainda não dominamos.

Na época das editoras independentes, tínhamos uma, a Navégus, onde as edições eram bancadas do próprio bolso e vendidas na rua. Hoje, não tenho ideia como é, frequentava saraus, mas, enjoei. Como você vê o momento atual da literatura, principalmente, poesia no Brasil?

O momento atual da literatura brasileira, incluindo as expressões poéticas, passa por um período de “renascimento” como você mesmo frisou e eu concordo.
Há bons autores atuando e publicando os seus livros de uma forma, digamos, sistemática. A qualidade gráfica dos livros melhorou sensivelmente e o profissionalismo das editoras propicia isto, esse alavancamento das produções literárias. Anteriormente os livros eram feitos em gráficas pequenas, artesanalmente, romanticamente eu diria, mas aquilo tinha naturalmente o seu charme e sua mágica. As edições hoje geralmente são feitas por demanda o que, normalmente restringe muito as tiragens que são muito pequenas.
Podendo se tirar quantas impressões quiser. Isto é bom que evita os temidos encalhes de exemplares. o alcance da literatura, sobretudo a poesia é, infelizmente, muito pequeno. Existem hoje os saraus, as feiras literárias, etc, mas tudo isto tem mais a ver com o espetáculo, com a promoção de eventos para um público diversificado. Não sei se está havendo ganhos qualitativos para a literatura, mas é um processo.

A técnica que utilizo ao escrever o poema é a sonoridade, ritmo e muita sensação. Quando choro no final de um poema sei que está bom. E você, qual a técnica que utiliza?

A poesia é muito intuitiva e o conteúdo deve preceder o aspecto formal. Existem recursos, claro, que podem e geralmente são usados tais como a enumeração e o ritmo que é fundamental. O poema não deve ter palavras faltando e nem sobrando. Ideias, principalmente e emoção para desencadear a empatia.

O meu processo de distribuição, divulgação e venda da minha poesia é via redes sociais, saraus transmitidos ao vivo, enfim, não saio dos meus estúdios. E o seu?

Sim, minha publicidade e vendas de exemplares e depois a distribuição dos livros é também, basicamente, através das redes sociais e via correios. Também ocorrem algumas, poucas, vendas presenciais.